Pelos
noticiários de ontem, ficamos a saber de uma iniciativa inédita: a Câmara do Porto
quis ouvir os seus Munícipes sem abrigo e foi ao seu encontro numa assembleia
aberta.
Alguns
tomaram a palavra para darem a conhecer as suas necessidades e experiências de
vida, as suas aspirações e humilhações sofridas e apresentaram soluções que
desejariam ver tomadas pela Autarquia e a Segurança Social.
A Câmara escutou
e comprometeu-se com algumas respostas mais prementes para ir ao encontro das
necessidades destes nossos concidadãos e concidadãs mais vulneráveis e a abrir
portas para a sua devida integração social.
Tarefa
audaciosa e espinhosa quando o sistema económico vigente é, intrinsecamente, excludente e
centrifugador dos mais frágeis e a actual estratégia política nacional e europeia
está concentrada nos equilíbrios financeiros e dirigida aos interesses dos
poderosos.
Tarefa
audaciosa, mas tarefa urgente e concretizável, em níveis de maior proximidade e de
conhecimento mais directo dos problemas e das suas causas mais imediatas.
Tarefa ao
alcance de um poder autárquico apostado em servir as pessoas, assegurar
condições de vida digna para população, promover a integração e a coesão social
no respectivo território.
Parabéns,
pois, à Câmara do Porto por esta iniciativa que faz a diferença e dá esperança
quanto ao futuro.
Oxalá outras
Autarquias dêem passos análogos em ordem ao desenvolvimento e à qualidade de vida das suas
respectivas comunidades, sem esquecer os mais vulneráveis.
Acompanho as felicitações que Manuela Silva faz a esta tão oportuna e responsável iniciativa!
ResponderEliminarTive oportunidade de ler e ouvir, a propósito da mesma, que existe uma organização minimamente estruturada dos/as sem abrigo que dinamizaram o processo, com plano de reuniões e elaboração minuciosa de actas... fazendo ver, e aprender, a muitas realizações dos/as incluídos/as.