03 abril 2018

Economia e Sociedade. Pensar o Futuro.

O grupo Economia e Sociedade (GES) vê com preocupação que o debate político e a opinião pública estejam reféns da urgência de encontrar respostas para os problemas mais imediatos com que o País se confronta no plano interno e comunitário, descurando a necessidade – também ela, obviamente, urgente – da definição de uma estratégia de desenvolvimento, tão abrangente quanto possível, politicamente também tão consensualizada quanto possível e socialmente aceite no que respeita a finalidades e objectivos prioritários e recursos disponíveis ou potenciais a mobilizar para o efeito.
 
Pensar o futuro contempla uma dupla preocupação: promover o entendimento em torno dos objectivos a alcançar num horizonte temporal alargado e contribuir para a construção de uma visão prospectiva, no que se refere à identificação de potencialidades e riscos decorrentes de mudanças demográficas, tecnológicas, económico-financeiras e outras.
 
Estas palavras retiradas do início do livro, agora editado pela Fundação Calouste Gulbenkian, servem de pórtico a um conjunto de temáticas fundamentais para a construção do nosso futuro colectivo.
 
Além de um extenso capítulo sobre o conceito de desenvolvimento, que vale sempre a pena revisitar, o livro aborda um conjunto de tópicos actuais muito relevantes, na perspectiva da necessidade de pensar o nosso futuro, a saber: a demografia, o território, a revolução tecnológica e digital, o lugar do trabalho e do emprego, a desigualdade e a pobreza, a globalização, o conhecimento, o enquadramento financeiro, e, por último, um capítulo com um título provocador, A Europa tem futuro?
 
A autoria do livro é do Grupo Economia e Sociedade: António Natalino Martins, Carlos Farinha Rodrigues, Cláudio Teixeira, Elsa Ferreira, Flamínia Ramos, Isabel Roque de Oliveira, João Lourenço, Manuel Brandão Alves, Manuela Silva, Margarida Chagas Lopes, Maria Eduarda Ribeiro, Maria José Melo Antunes.
 
Não fica bem à coordenadora desta obra tecer elogios à mesma. Contudo, não parecerá mal deixar aqui o convite à sua leitura; assegurar que, procurando sempre manter o rigor da análise, os textos estão escritos em linguagem acessível ao cidadão comum; e, ainda que com algum atrevimento, dar um conselho a políticos e comentadores a que aproveitem do livro agora publicado para levar mais longe a tarefa de pensar o futuro da nossa economia e sociedade.

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