Entre os múltiplos desafios com que as sociedades estão hoje confrontadas têm de incluir-se os impactos de uma digitalização progressiva sobre os vários domínios em que se desdobra a vida humana, desde os modos de produção (processos e produtos), ao consumo de bens e serviços, à utilização do tempo e sua distribuição entre trabalho e lazer, ao acesso às fontes do conhecimento e da informação, à configuração e expressão das relações sociais e, indirectamente, ao modo como no pensamos e damos sentido às nossas vidas.
Em rigor, nada da vida humana ficará ao abrigo do impacto do avanço da digitalização e tudo leva a crer que o processo se reforce no futuro próximo.
Estarão os humanos preparados para bem utilizar estes novos recursos ou, ao invés, correm o risco de se deixarem dominar por eles em proveito hegemónico de quem está ao comando da acelerada digitalização em curso?
Esta problemática é amplamente debatida num texto de Thymian Bussemer, Christian Krell, Hennig Meyer intitulado Social democratic values in the digital society – Challenges of the fourth industrial revolution, recentemente editado pela Fundação Friedrich Ebert,
Estamos perante uma reflexão, a meu ver, bem documentada, da maior actualidade e de leitura obrigatória. Pode descarregar-se aqui. 
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