02 novembro 2011

Ir além da pseudo inevitabilidade económica

Políticos e comunicação social têm insistentemente defendido, junto da opinião pública, a tese da inevitabilidade da política de austeridade no seu todo.

Contrariando esta tese, há, porém, quem aponte alternativas e demonstre que a opção pela austeridade conduz, inexoravelmente, ao empobrecimento colectivo, não dá a devida prioridade às pessoas e ao bem comum e põe em causa, inclusive, os objectivos visados de recuperação da saúde das finanças públicas. Aqui.

Mais recentemente, a insensatez do argumento vai ao ponto de pretender justificar algumas medidas concretas, como sejam o encerramento de serviços de saúde ou a redução drástica dos respectivos horários de funcionamento, sem cuidar de ponderar as suas consequências negativas para as populações abrangidas.

Sendo a saúde um bem essencial para as pessoas individualmente consideradas, como também para a sociedade no seu todo, é socialmente e civilizacionalmente inaceitável que se esteja a optar por soluções meramente economicistas em matéria de saúde e com elas se prive as populações, sobretudo as pessoas mais carenciadas, em razão da sua idade e do isolamento em que vivem, dos cuidados básicos a que têm direito.

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