Foi este o título escolhido pelo Professor António Branco, Reitor da Universidade do Algarve, para a nota de abertura da Conferência Pensar a Educação. Portugal 2015, realizada no passado dia 21 Maio.
Das palavras então proferidas, retenho estas:
: (…) advogo uma ideia ao mesmo tempo antiga e nova, simultaneamente simples e complexa: a Universidade deveria começar muito mais cedo. O que quero eu dizer com isto? Que desde a mais tenra infância se deveria promover uma Escola que colocasse o aluno na posição de investigador, investigador de si, dos seus semelhantes, do mundo à sua volta, do mundo imaginado. Esse lugar é, do meu ponto de vista, muito mais compatível com o mundo em que vivemos e com os imensos meios de que todos dispomos, a começar pelos alunos, para acedermos a todo o tipo de informação. Porque o que transforma a informação em conhecimento é o processo que envolve o sujeito numa descoberta significativa e profunda que altera drasticamente a sua relação consigo próprio e com o mundo em que vive.
Mais do que insistirmos, de forma inglória e teimosa, na velha e gasta ideia educativa da aquisição de conteúdos, deveríamos batalhar por um currículo que apostasse na aprendizagem integrada da atitude científica, porque é nesse procedimento que está o estímulo principal para se ir à procura de «conteúdos» que se desconhece e, mais importante ainda, que permaneçam depois de descobertos. E o que move a investigação é a capacidade humana de fazer perguntas cada vez mais complexas, cada vez mais iluminadas, cada vez mais exigentes.
Se a «exigência» de que tanto se fala hoje se deslocasse definitivamente do foco da aquisição de conteúdos para o domínio das atitudes perante o conhecimento, também a aula passaria a estar centrada em algo muito mais essencial, porque mais vital.
Deixo o convite para uma leitura na íntegra.
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