28 julho 2010

Seis teses sobre a «crise»

A «crise» é sem dúvida económica,
mas também é civilizacional e cultural

Mário MurteiraA «crise» está aí, embora aparentemente ninguém saiba, com algum rigor, do que se trata. Sabe-se que o paciente – que somos nós todos, com alguma impaciência – sofre de doença grave, mas os diagnósticos variam, embora a maior parte provenha de analistas tão presumidos e petulantes como superficiais. (...)

Atrevo-me assim a propor ao leitor algumas «teses» sobre o controverso tema simplesmente para provocação da sua própria capacidade de penetrar nos mistérios da «crise» - Mário Murteira

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5 comentários:

  1. Quanto mais reflicto sobre a presente crise mais me convenço que a questão não pode ficar entregue às análises dos economistas. Precisamos do contributo de outro tipo de pensamento. talvez filósofos,talvez historiadores, talvez artistas, talvez poetas e místicos...
    Felizmente alguns economistas têm o mérito de incorporarem um pouco desses vários percursos ...

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  2. Creio que precisamos sobretudo duma nova síntese, que permita um olhar mais lúcido sobre a realidade confusa e turbulenta que nos cerca. Grandes autores como Marx e Schumpeter, que eu particularmente aprecio,tentaram isso. Combinando, cada um à sua maneira própria,a História, a Sociologia, a Economia e a Filosofia...

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  3. Na minha opinião esta crise é intencionalmente gerada pela Alemanha em busca da sua própria consolidação.
    A nível dos princípios é cada vez mais evidente o ajustamento de posições com as normas internacionais a digladiarem-se todos os dias.
    Aquilo que parecem ser formalismos são a tentativa de assalto de uma economia pela outra tal como nas anteriores guerras mundiais.
    Na perspectiva dos capitais americanos os alemães julgam que são mais ricos do que na realidade o são e curiosamente o Banco MillenniumBCP foi a primeira vítima quando em Nova York foi considerado um banco falido pelas normas americanas.
    Esperemos que a crise não salte dos carris e que tudo não passe de arrufos financeiros aos quais vamos ter que nos habituar como se de um defeito de nascença ou de uma doença incurável se tratassem.

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  4. Respondendo ao comentário de José Corvo ...

    Existem sinais mais do que evidentes de que esta crise tem carácter sistémico e os seus efeitos vão muito para além dos "arrufos financeiros". Em vez do conformismo com a situação, como se de "doença incurável se tratasse", prefiro encarar a crise como oprtunidade para viabilizar um desenvolvimento mais humano e solidário. Felizmente que vão surgindo caminhos nesta direcção, como se procura afirmar em vários posts deste blogue.

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  5. Ora bem, para a Manuela Silva, esta crise deve ser interpretada não como se de uma doença incurável se tratasse porque prefere encarar a crise como oportunidade para viabilizar um desenvolvimento mais humano e solidário, só que eu já ouço essas palavras também proferidas pelo Dr. Mário Murteira há já quase 50 anos e de humanidade e solidariedade o resultado é nulo senão negativo e aquilo a que se assiste é a uma ascensão crescente do capitalismo com raras excepções de percurso rapidamente assimiladas tal como aconteceu ao 25 de Abril e muito por culpa das boas intenções de humanidade e de solidariedade.

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