Segundo as previsões da OIT, recentemente divulgadas, o desemprego mundial atingiu, em 2011, os 197 milhões de desempregados e poderá ultrapassar os 200 milhões no corrente ano.
Em Portugal, estamos a chegar a 1 milhão e 200 mil desempregados ou seja a uma taxa de desemprego registado superior a 15% do total da população activa e com tendência crescente.
Os jovens são os mais afectados e também é esta categoria, que tem vindo a aumentar, tanto a nível mundial como no nosso País, que maior dificuldade tem em encontrar empregos não precários.
Além da sua dimensão económica, a psicosocilogia ensina que: O desemprego é uma forma particular de desmoralização psico-social. Dos felizardos que disfrutam de um posto de trabalho seguro, poucos são os que têm disto consciência. Desocupação não significa tempo livre. Não se pode “descontrair” contra-vontade e sem limite. O resultado é a inactividade física, a inércia mental, a instabilidade psíquica e, finalmente, a perda da capacidade de contacto social e a perda da auto-estima.
Serão precisos outros sinais de alerta para tornar evidente que o actual modelo de funcionamento da economia e da organização sócio política não funciona?
Continuará a afirmar-se na esfera governativa e empresarial uma expectativa míope – mas não desinteressada – de que a situação vai melhorar por conta das políticas de cariz austeritário e recessivo que vêm sendo seguidas?
Quem ouvirá o alerta de Juan Somavia, Director-geral da OIT quando afirma: É absolutamente indispensável dar prioridade ao trabalho decente e investir na economia real"?
E eu acrescento: Quando se reconhecerá que é absolutamente indispensável repensar a economia e a organização sociopolítica à luz de um paradigma de Direitos Humanos e seu corolário de direitos económicos e sociais?
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