18 agosto 2010

Lucros e Emprego

"Adicionar lucros, subtrair trabalhadores"
É este o título sugestivo de um artigo de opinião (no Público de 8/8/10) do colunista do Washington Post Steven Pearlstein. Não o vou comentar. Mas vale a pena ver: tem coisas polémicas e que merecem discussão, e tem também análise de medidas tomadas pela Admistração Obama que mostram como, mesmo sem "superação do sistema" (de que Obama está, obviamente muito longe) a intervenção do Estado salvou muito da economia americana - um exemplo analisado por S. Pearlstein é o da indústria automóvel, a recuperar claramente após a intervenção na Chrysler e na GM.
Mas quanto às "coisas polémicas" merecia uma boa discussão esta: "...Só no mundo da propaganda da Câmara do Comércio é que as empresas existem para criar emprego. No mundo real, as empresas existem para criar lucros para os accionistas, não empregos para trabalhadores. É por isso que se chama capitalismo e não empreguismo": destaque meu, mas que não significa concordância, assim como quanto à finalidade das empresas, e basta pensar quer no "social business" (na perspectiva de Yunus) quer na economia social...

1 comentário:

  1. Mesmo sem ter a ousadia de tocar directamente nos fundamentos, reflexões como estas, as de Steven Pearlstein com o comentário de Cláudio Teixeira, são importantes, pois abrem caminho à indispensável tomada de consciência de que a presente crise deverá possibilitar caminhos em direccção à democracia económica, a começar por uma profunda reforma do conceito e da figura
    jurídica da empresa.
    Manuela Silva

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