16 junho 2016

A caminho da digitalização da indústria europeia

No passado mês de Abril, a Comissão Europeia difundiu os seus planos para ajudar a indústria europeia, as PME, os investigadores e as autoridades públicas a tirarem o máximo partido das novas tecnologias.

Reconhece-se que estão em curso transformações tecnológicas profundas nos processos produtivos de bens e serviços, designadamente pela via da crescente digitalização, os quais carecem de apoio, coordenação de esforços entre as iniciativas nacionais e normalização, de modo a retirar o maior benefício possível da inovação à escala europeia.
 
A Comissão vai promover o investimento na digitalização, através de redes e parcerias estratégicas, definir normas comuns em domínios prioritários, como as redes de comunicação 5G ou a cibersegurança, e a modernização dos serviços públicos.

De destacar o projecto de criação de uma «nuvem europeia» que terá como objetivo proporcionar aos investigadores e aos profissionais nos domínios da ciência e da tecnologia um ambiente virtual para armazenar, gerir, analisar e reutilizar grandes volumes de dados de investigação. Espera-se assim que a revolução industrial em curso seja impulsionada pela revolução digital e que as empresas e os serviços públicos possam satisfazer, com eficiência, as suas necessidades de informação, transparência e gestão de recursos.

O Comissário responsável pela Economia e Sociedade Digitais, Günther H. Oettinger declarou: A Europa dispõe de uma base industrial muito competitiva e é um líder mundial em setores importantes. Mas a Europa só será capaz de manter a sua liderança se a digitalização da sua indústria for realizada rapidamente e com sucesso. As nossas propostas têm como objetivo garantir isso mesmo. É necessário um esforço conjunto em toda a Europa a fim de atrair os investimentos necessários para o crescimento da economia digital.

Creio que os meios de comunicação social em Portugal, de modo geral, têm estado desatentos destas problemáticas de revolução tecnológica e digital e pouca ou nenhuma atenção terão dado a esta iniciativa comunitária. Importa que façam chegar ao cidadão comum a informação necessária em tempo útil e promovam debates sobre os desafios do futuro que contribuam para uma cidadania mais esclarecida e activa.

Espera-se que os governantes, empresários, académicos e líderes políticos se empenhem em aproveitar das potencialidades criadas e não descurem a reflexão que se impõe sobre os possíveis custos sociais das transições, de modo a perspectivar os novos recursos potenciais em função do bem comum e de minimizarem e repartirem equitativamente os seus possíveis custos.

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