19 setembro 2013

Inovação Social

No meio da floresta das más notícias com que todos os dias somos confrontados/as, surge aqui ou além uma planta esperançosa. É o caso do BIS-Banco de Inovação Social.

Como se diz na apresentação desta iniciativa, trata-se de uma plataforma promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que agrega 25 parceiros – instituições e entidades públicas e privadas - que decidiram pôr em comum os seus activos de conhecimento e experiência e as suas competências técnicas e logísticas para promover em conjunto a inovação social através do apoio ao empreendedorismo, a participação nas redes nacionais, europeias e internacionais de inovação social e a promoção de uma cultura de inovação e de empreendedorismo.

A iniciativa mereceu uma ampla adesão, o que se traduziu, numa primeira fase, na apresentação de700 candidaturas a projectos inovadores, dos quais um primeiro lote de 50 foram aprovados e estão agora em execução em diferentes locais do País, mostrando como não faltam nem necessidades que importa satisfazer nem pessoas com espírito empreendedor e competências específicas para organizarem as correspondentes respostas inovadoras.

Há que saudar esta iniciativa e ampliá-la no sentido de vir a construir uma economia cada vez mais votada para ir ao encontro da satisfação das carências por cobrir e que tenha no seu horizonte de finalidades a pessoa humana, a sua qualidade de vida e o bem comum.

Se assim for, estamos no bom caminho…

1 comentário:

  1. Tem razão a Manuela Silva em, oportunamente, chamar a atenção para a importante iniciativa que constitui o BIS, que agrega o amplo apoio de instituições altamente credibilizadas, como as Santas Casas da Misericórdia de Lisboa e do Porto.
    Tem como fundamento a promoção da inovação social através de dois eixos de desenvolvimento: o eixo inclusivo e o eixo social. Vale a pena chamar a atenção para a circunstância de que o eixo inclusivo (microcrédito) tem vindo a ser promovido, de forma sustentável, há mais de 14 anos pela Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC – ver www.microcredito.com.pt). Com o seu apoio já foram criadas mais de 1800 empresas.
    Surpresa era, no entanto, o fato de até há pouco não terem surgido na sociedade portuguesa outras instituições da economia social que se tornassem promotoras do microcrédito. Seja bem-vindo o BIS e para ele deve ser desejado o maior êxito, que será tanto maior, quanto maior vier a ser o sucesso dos microempresários apoiados.
    Não podemos, no entanto, esquecer que esta nova iniciativa se insere numa fase particularmente dolorosa para a sociedade portuguesa. O apoio ao empreendedorismo não poderá ser considerado como uma resposta às necessidades de muitos que deixaram de ambicionar ser empreendedores para desejarem, apenas, poder sobreviver. Os primeiros são, cada vez, em menos número e os segundos não param de crescer.

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