Os resultados do Inquérito ao trabalho voluntário recentemente divulgados pelo INE vêm permitir avaliar, pela primeira vez, o peso deste sector na economia e na sociedade portuguesas.
O referido inquérito teve lugar no 3º trimestre de 2012 e permitiu a caracterização, em termos estatísticos, do trabalho voluntário nesse ano.
Em 2012, estima-se que 11,5% da população portuguesa residente, com 15 ou mais anos, tenha participado, pelo menos, numa actividade formal ou informal de trabalho voluntário, o que representou 1 milhão e quarenta mil voluntários.
Traçando um perfil sócio-demográfico sintético do voluntário, poderá afirmar-se que, nas actividades de trabalho voluntário formal, destacaram-se os indivíduos mais jovens, desempregados e com níveis de escolaridade mais elevado; predominaram as mulheres e os indivíduos solteiros. Nos trabalhos de voluntariado informal, prevaleceram pessoas com mais idade e com níveis de escolaridade mais elevados, verificando-se maior proporção de indivíduos desempregados e, também, uma maior percentagem de indivíduos divorciados e separados.
O trabalho voluntário tem um âmbito mais alargado do que o correspondente à sua participação na Economia Social, designadamente por abranger uma componente informal, ou seja, não organizacional. No entanto, foi possível apurar que a parte afecta à Economia Social deverá corresponder aproximadamente a 40%, o que confirma a importância deste recurso para as organizações de economia social.
(Texto elaborado por Elsa Ferreira, membro do Grupo “Economia e Sociedade”).
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