O que está em causa não é
uma forma de governação que retire poder ás pessoas e as afaste do processo
político, mas antes a adopção de um modelo de governança claramente ditado
pelas exigências da justiça, da solidariedade e da subsidiaridade. Daí que as
instituições internacionais devam intervir para apoiar os estados nas matérias
que não podem resolver sozinhos, promovendo o bem comum, acima dos interesses
egoístas.
As políticas financeiras e
monetárias não devem prejudicar os países mais fracos, antes devem contribuir
para a distribuição equitativa da riqueza mundial, através de formas inéditas de
solidariedade fiscal e global. As reformas a introduzir podem parecer
arrojadas, mas são realizáveis porque todas as nossas instituições são o
resultado de escolhas e decisões humanas.
As Igrejas e as comunidades
de crentes são chamadas a reflectir e a actuar por forma a defenderem e a promoverem
os princípios éticos que devem conduzir a vida económica e financeira. É feito
um apelo ao Governo e à Assembleia da República para adoptarem determinadas medidas,
no domínio financeiro, que não ponham em causa os direitos e deveres sociais e
as redes de solidariedade da sociedade civil.
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