20 fevereiro 2013

Ética nas Finanças uma questão de Justiça e Paz

A Comissão Nacional e as Comissões Diocesanas Justiça e Paz acabam de publicar o documento Ética nas Finanças uma questão de Justiça e Paz, correspondendo ao apelo a uma acção conjunta sobre o tema, desencadeada pela Rede Justiça e Paz Europa, que agrupa várias Comissões Europeias (ver em http://www.ecclesia.pt/cnjp/).

 O documento reconhece que se torna indispensável reforçar os mecanismos de regulação financeira, a nível nacional, europeu e mundial, através de um corpus mínimo partilhado de regras necessárias à gestão do mercado financeiro.
O que está em causa não é uma forma de governação que retire poder ás pessoas e as afaste do processo político, mas antes a adopção de um modelo de governança claramente ditado pelas exigências da justiça, da solidariedade e da subsidiaridade. Daí que as instituições internacionais devam intervir para apoiar os estados nas matérias que não podem resolver sozinhos, promovendo o bem comum, acima dos interesses egoístas. 
As políticas financeiras e monetárias não devem prejudicar os países mais fracos, antes devem contribuir para a distribuição equitativa da riqueza mundial, através de formas inéditas de solidariedade fiscal e global. As reformas a introduzir podem parecer arrojadas, mas são realizáveis porque todas as nossas instituições são o resultado de escolhas e decisões humanas.
As Igrejas e as comunidades de crentes são chamadas a reflectir e a actuar por forma a defenderem e a promoverem os princípios éticos que devem conduzir a vida económica e financeira. É feito um apelo ao Governo e à Assembleia da República para adoptarem determinadas medidas, no domínio financeiro, que não ponham em causa os direitos e deveres sociais e as redes de solidariedade da sociedade civil.

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