27 janeiro 2017

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ECONOMIA POLÍTICA

Foi ontem constituída a Associação Portuguesa de Economia Política a qual vem preencher uma lacuna grave existente no mundo académico, com reflexos óbvios nas instâncias do poder político, na comunicação social e no debate público em geral.

Esta lacuna de há muito vinha a ser denunciada e chegou a ter alguma expressão em tomadas de posição e outras iniciativas anteriores (Economia com futuro, por exemplo).

A nova associação é um marco da maior importância no plano nacional, pelo conceito abrangente de Economia Política que defende e pelos fins que se propõe, mas também porque visa estabelecer relações e criar sinergias com organizações congéneres de outros países e de âmbito internacional.

Destaco da sua Declaração de Princípios:

Por “Economia Política” entendemos o estudo das condições da vida em sociedade, da repartição e das leis, normas e hábitos que a enformam e da acção e da interacção humanas, incluindo a relação com o ambiente. Enquanto domínio científico de estudo das sociedades, a Economia Política valoriza a análise dos processos e resultados económicos nos contextos históricos e geográficos respectivos, entendendo os fenómenos económicos como sendo eminentemente configurados por factores de ordem social, política, cultural e tecnológica.
(…)

Esta Associação pugnará pela construção, consolidação e promoção da Economia Política em Portugal. Promoverá uma abordagem pluridisciplinar e interdisciplinar do estudo da produção das condições da vida em sociedade, tendo como fim último a sua sustentabilidade económica, social e ambiental.

2 comentários:

  1. Saúdo a criação da APEC.
    É tempo de discutir Economia Política. E de iluminar a cinzenta discussão sobre Política Económica que preenche o quotidiano.
    Jorge Saraiva
    Economista

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  2. De facto, desde que o saudoso Prof. António Simões Lopes deixou de ser Bastonário da Ordem de Economistas, esta importante vertente ficou claramente menorizada....tal como a questão da reflexão sobra as Politicas Publicas, a Economia e o Desenvolvimento. Este último conceito, como bem enfatizava Simões Lopes, "não se pode confundir com crescimento"....

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