A Prof.ª Manuela Silva deu ontem (dia 27) uma entrevista à Radio Renascença que não pode passar desapercebida por quem se inquieta e necessita de ser inquietado acerca dos caminhos de deriva (ideológica) por onde tem vindo a ser levado o nosso país.
A entrevista pode ser ouvida aqui. São 25 minutos de libertação de angústias!
Entre outras questões relevantes
destaco:
- As
razões apontadas segundo as quais o Estado Social não pode ser posto em
causa, embora se deva pensar que as suas questões de eficiências nunca devam
ser descuradas;
- A discussão que tem (ou não
tem) vindo a ser feita ignora objetivos para se fixar, apenas, em meios (as
despesas);
- Parte de pressupostos
ideológicos preconceituosos, sem nunca ter a a coragem de fazer a sua
explicitação ;
- As armadilhas do Relatório do
FMI;
- A necessidade garantir a
universalidade dos bens públicos;
- A seleção discriminatória dos
doentes nos hospitais privados, quando se pretende que estes substituam a
oferta pública;
- As contradições de objetivos
que enferma a política de austeridade;
- A concentração de património
e de riqueza e o retrocesso civilizacional na progressividade dos impostos;
- Os bloqueamentos cada vez
mais reforçados da política que conduz ao empobrecimento do país;
- A emigração e as reformas
antecipadas como processo de aceleração desse empobrecimento quando se sabe que
aí estão envolvidas parte dos nossos técnicos mais qualificados;
- As políticas do Governo e o
afastamento das realidades do país;
- O deficit da comunicação
social quando trata apenas da espuma superficial, sem cuidar do que passa por
baixo;
- A existência de reflexão e
alternativas que tem vindo a ser realizada pela comunidade académica (Rede
Economia com Futuro) e outros grupos da sociedade Civil, como é o caso do grupo
Economia e Sociedade, que anima este blogue.
Já agora vale a pena prestar atenção
à importante entrevista do Prof. João Ferreira do Amaral, dada ao Jornal
Público (27-01-13) e cuja referência pode ser encontrada aqui
A voz da Manuela Silva é uma voz potente a ser ouvida! Precisamos mais dessas vozes!
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