17 junho 2014

Os Mercados não Podem Continuar a Determinar o Futuro das Nações

O site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura dá conta das palavras que o Papa Francisco dirigiu ontem a um grupo de investidores. Aí se escreve que o Papa elogiou o papel dos investidores que destinam parte dos seus recursos para o desenvolvimento de infraestruturas básicas ao serviço de populações desfavorecidas, ainda que com retorno financeiro menor do que noutras aplicações, e vincou que os mercados não podem continuar a determinar o futuro das nações.

Não têm razão os críticos quando dizem que o Papa faz denúncias mas não aponta caminhos. Que não é assim provam-no os dois excertos seguintes retirados do citado discurso:

É importante que a ética reencontre o seu espaço na finança e que os mercados se coloquem ao serviço dos interesses dos povos e do bem comum da humanidade. Não podemos continuar a tolerar que os mercados financeiros governem o destino de povos em vez de servirem as suas necessidades, ou que poucos prosperem recorrendo à especulação financeira, enquanto muitos sofrem pesadamente as consequências.

Visando especificamente os governantes, o Papa afirma: É urgente que os governos de todo o mundo se empenhem no desenvolvimento de um quadro internacional capaz de promover o mercado do investimento de alto impacto social, de modo a combater a economia da exclusão e do descartável.

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1 comentário:

  1. E, de facto, admirável que o Papa Francisco, para além do anúncio das grandes linhas orientadoras da DSI, entre elas a opção pelos pobres, venha em público louvar um grupo bem específico de investidores e interpele os governos em ordem a tornar possível uma orientação socialmente útil dos investimentos. São notícias como a deste post que vão alimentando a esperança num mundo mais fraterno e mais justo.

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