Começa hoje, em Lisboa, o 4º Congresso dos Jornalistas Portugueses. Depois de um interregno de 20 anos, a comunidade dos jornalistas profissionais reúne-se para se repensar enquanto actividade profissional e para reflectir sobre o seu papel na sociedade.
Para além daquilo que possa interessar ao presente e ao futuro desta actividade profissional e condições em que a mesma é exercida, o evento merece também o interesse dos cidadãos em geral, dado o poder que a comunicação social assume nas dinâmicas sociais e, por conseguinte, pelo impacto que tem na construção ou disrupção da sociedade e na qualidade da nossa vida colectiva.
As notícias que se publicam ou silenciam, a boa ou má qualidade das análises que se difundem, a solidez ou a superficialidade das fontes a que se recorre, os interesses que, directa ou indirectamente, se promovem, não são produtos assépticos, antes têm de passar ao crivo da ética e dos valores primordiais da nossa civilização e cultura.
Vejo com satisfação que estas questões constam do programa do Congresso. Por outro lado, registo com expectativa as palavras da Presidente da Comissão Organizadora do Congresso, a jornalista Maria Flor Pedroso, quando exprime a intenção dos organizadores de que este evento seja um ponto de partida para começar qualquer coisa diferente.
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