No passado dia 26 foi lançado no
Centro Cultural de Belém o livro “Segurança Social – Defender a Democracia”,
com coordenação de Francisco Louçã, José Luís Albuquerque, Vitor Junqueira e
João Ramos de Almeida, com a chancela da Bertrand Editora. Trata-se de um
trabalho que nasceu das Oficinas sobre Políticas Alternativas, desenvolvido no
âmbito do Observatório sobre Crises e Alternativas, do Centro de Estudos
Sociais da Universidade de Coimbra.
Face às dúvidas, quando não aos ataques,
que têm sido levantados quanto à sustentabilidade, preservação e
desenvolvimento da Segurança Social em Portugal, um vasto conjunto de autores
faz uma reflexão a partir de algumas das questões mais presentes no debate em
curso, e sugere respostas para perguntas que surgem frequentemente nos media. São
exemplos, entre outras, das perguntas a que se pretende dar resposta, as
seguintes:
- Se a população envelhece, o que pode a Segurança Social fazer?
- Há mais reformados do que trabalhadores activos? Há 4 milhões de pessoas a viver da Segurança Social?
- Gasta-se de mais em pensões em Portugal? O sistema de pensões é sustentável?
- Quanto é que os pensionistas perderam com a crise e a troika?
- Há demasiados beneficiários do Rendimento Social de Inserção?
- IPSS ou política social pública?
- Reduzir a TSU e tudo se resolve porque aumenta o emprego?
- O que é o plafonamento e quais são os seus custos? O plafonamento é uma solução? Há alternativas?
- “Rendimento básico incondicional”: como, quanto e para quê?
- Como melhorariam as contas da Segurança Social com menos desemprego e emigração?
- Etc.
As respostas são construídas com base em informação estatística e documentos
de referência. Há a preocupação de combater ideias feitas (erradas) e, mesmo
quando os autores discutem ideias diferentes, afastam as soluções destruidoras
que ameaçam o sistema de segurança social, o qual deve ser, no seu entender, o
garante “do futuro do contrato intergeracional que é o pilar da democracia”. Trata-se,
assim, de um importante instrumento de trabalho para todos os que estão
interessados na defesa do Estado Social.
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