O artigo de Skidelsky sobre o direito ao Rendimento Básico Universal, hoje divulgado, merece ponderação e debate.
Na tese do Autor não está em causa apenas um objectivo de prevenção da pobreza, mas também, e principalmente, a prossecução de uma repartição equitativa dos ganhos do aumento de produtividade das economias, conseguidos graças à inovação tecnológica em curso, sabendo que esta traz consigo, em simultâneo, uma redução considerável de postos de trabalho (no mundo ocidental, entre um quarto e um terço, nos próximos 20 anos)
Não é tolerável que continue a verificar-se que a apropriação dos ganhos de produtividade se venha concentrando no estrato populacional muito rico, como tem sucedendo nos últimos 30 anos.
O Autor desmonta o argumento de que o rendimento básico universal estimularia a desmotivação pela procura de trabalho e estaria na origem de uma ociosidade generalizada e perigosa.
Refuta também a ideia de que a adopção do direito ao RBU é incomportável para uma economia que visa a competitividade no mercado globalizado e defende um princípio de fixação do respectivo montante indexado ao aumento da produtividade.
Vale a pena ler o artigo na íntegra. Aqui.
Esta questão do Rendimento Básico Universal que Manuela Silva tão claramente nos apresenta constitui, com efeito, um tema da maior importância e que merecerá continuar a ser acompanhado. Constituirá, porventura, um dos poucos, senão o único, meios disponíveis para o combate às desigualdades crescentes nos nossos dias, em que a sobrevivência pelo trabalho remunerado se encontra tão ameaçada. E, concordamos, a indexar aos ganhos de produtividade. Sejam estes equitativos e resultantes de um aumento geral e equilibrado da qualificação e da participação nas sociedades dos nossos dias,
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarO comentário apagado era o mesmo que o anterior e que só por lapso foi repetido.
Eliminar