Vem aí a Conferência de Paris e mais uma vez sentem-se as dificuldades de se chegar a um acordo de cooperação tentado já em outros eventos. As razões que bloqueiam o acordo residem sobretudo nas assimetrias existentes, tais como, o menor grau de desenvolvimento dos pequenos países e naqueles que estão em grandes dificuldades económicas.
Construir um futuro sustentável exige-nos travar o aquecimento global. Para isso é necessário que o acordo de Paris sobre o clima seja atingido e implementado em todos os países, instituições e empresas.
É necessário mudar as energias sujas, oriundas dos fósseis, para outras da economia verde. Em cada dia que se mudar é um ganho no futuro porque já estamos numa fase de urgência, não há tempo a perder.
Acompanhar o pensamento do Papa Francisco sugere-nos que nos debrucemos sobre as questões da ecologia e dos seus inerentes desafios pelas consequências sentidas nos desequilíbrios constantes que se manifestam nas catástrofes e na destruição de bens essenciais. Para evitar isso o Papa defende novas formas de desenvolvimento.
A nível global, o mundo não pode continuar a gastar o mesmo apesar da contenção. As reservas existentes de petróleo, do gás natural e do carvão são esgotáveis e devem ficar para vindouros. O efeito do gás de estufa continua a crescer desmedidamente e todos dias os relatórios o confirmam. Há quem pense que o negócio da captura para armazenamento do mesmo e enterrado no subsolo resolve o problema, nada mais falso pois mesmo assim o panorama não se altera o suficiente continuando e atingindo níveis muito preocupantes e insustentáveis todos os anos. No relatório da ONU de 2015 os gases de estufa sobem de 2ºC. de temperatura para 2,7ºC. até final do século.
A alteração desta situação só é possível com medidas acertadas, tais como a redução de consumo e um maior investimento nas energias alternativas e verdes que são as únicas não poluentes e infinitas e por isso as mais sustentáveis. Ao desenvolvê-las encontraremos novos empregos e isso obrigará a mais formação e a novas e mais especializações socioprofissionais, criando assim mais oportunidades de fixação dos jovens Portugueses no nosso país.
O acordo de Paris deve ser o principio para uma viragem a nível mundial, passa por aí a luta e a tomada de consciência pelos povos, instituições e empresas, contra o efeito dos gases de estufa originados sobretudo pelas más práticas agrícolas, industriais e pelas energias provindas dos fosseis.
A esperança está em que se atinja um acordo em Paris, ele é ambicioso e justo para com toda a vida do Planeta.João Lourenço
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