De há muito que se vêm acumulando dados de evidência empírica que permitem destronar o mito de que o crescimento económico é condição necessária e suficiente para alcançar o progresso social, incluindo neste a menor desigualdade na repartição da riqueza e do rendimento e a melhoria das condições de vida das pessoas.
Todavia, não obstante esta evidência empírica acumulada, governantes e actores sociais de relevo na cena política continuam a eleger como objectivo de política económica o crescimento económico e a tomar como indicador principal do desempenho da economia o produto interno bruto (PIB) per capita.
Um recente estudo agora divulgado pelo Capital Institut vem demonstrar que, no caso dos Estados Unidos, a partir de 1967 e até ao presente, foi constante o crescimento do PIB, mas o mesmo não foi acompanhado por outros indicadores de progresso social em relação aos quais se verificaram retrocessos. Foi assim com a desigualdade na repartição do rendimento que foi aumentando, com a maior intensificação do esforço de trabalho por parte de adultos com crianças a cargo, com o aumento do CO2, com retrocesso em matéria de saúde, etc.
Entre nós, em alguns sectores de opinião, foi saudada a ideia recente de que é necessário promover mais crescimento económico. Eu diria que sim, precisamos de cuidar de desenvolver o nosso sistema produtivo e de o tornar mais competitivo no plano da economia globalizada em que vivemos, mas devemos fazê-lo tendo em mira não o mero crescimento (inchamento) da economia, mas o progresso social, isto é, a melhoria das condições de vida das pessoas (há ainda tantas necessidades básicas por satisfazer!), a equidade na repartição do rendimento e a erradicação da pobreza (que entre nós vêm-se agravando de forma dramática!), a coesão social, o bem comum.
In reading this, I am reminded of a speech made by Robert Kennedy at the University of Kansas in 1968, when he said:“..that Gross National Product - if we judge the United States of America by that - that Gross National Product counts air pollution and cigarette advertising, and ambulances to clear our highways of carnage. It counts special locks for our doors and the jails for the people who break them. It counts the destruction of the redwood and the loss of our natural wonder in chaotic sprawl. It counts napalm and counts nuclear warheads and armored cars for the police to fight the riots in our cities. It counts Whitman's rifle and Speck's knife, and the television programs which glorify violence in order to sell toys to our children. Yet the gross national product does not allow for the health of our children, the quality of their education or the joy of their play. It does not include the beauty of our poetry or the strength of our marriages, the intelligence of our public debate or the integrity of our public officials. It measures neither our wit nor our courage, neither our wisdom nor our learning, neither our compassion nor our devotion to our country, it measures everything in short, except that which makes life worthwhile. And it can tell us everything about America except why we are proud that we are Americans.”
ResponderEliminarHis comments apply not only to his country, but to us all and not only to his times, but to time immemorial.
He ended his speach by quoting George Bernard Shaw: "Some people see things as they are and say why? I dream things that never were and say, why not?"’
Yes, it is time to dream again, of and for humanity.