Os
órgãos de comunicação têm vindo a informar sobre o aumento de desistências no
Ensino Superior (ES), estimando-se em menos 11,3% o número dos alunos matriculados em 2019/20
face a 2018/2019, segundo o portal INFOCURSOS (https://infocursos.mec.pt/).
É
importante que se caracterize bem a situação correspondente àquele período,
separando as águas face àquilo que virão a ser, já posteriormente, as
consequências da pandemia de COVID -19, cujos efeitos se começaram a sentir no
nosso País em Março de 2019. Ora, as matrículas e inscrições no ES relativas ao
ano lectivo de 2019/20 já há muito tinham sido feitas quando os efeitos da
pandemia nos atingiram.
Não
cabe neste espaço proceder a uma análise aprofundada das razões daquelas
desistências. Mas diversos estudos anteriores, conduzidos quer por nós quer por
outros investigadores, têm mostrado a importância de que se revestem as medidas
de apoio social directo e indirecto aos estudantes do ES nas decisões e
possibilidades de prosseguimento e conclusão daquele grau de ensino.
Passemos, então, em breve revista, um conjunto-chave de indicadores estatísticos que reportam àquelas medidas de apoio, no seu comportamento nos últimos anos em Portugal. Antes de mais, das despesas globais do Estado com educação em percentagem do PIB, o mínimo que se pode dizer é que tiveram uma evolução errática ao longo destes últimos 6 anos, com uma queda de cerca de 10% em 2018, embora com uma recuperação posterior. O que vai a par com a ausência de uma estratégia para a educação e ES, tantas vezes referida. Vejamos, mais em pormenor, o Número de Bolsas atribuídas em percentagem dos Estudantes no ES e a Evolução das Despesas do Estado com Acção Social, como se descreve no gráfico. E tenhamos em conta que é, portanto, contra este cenário que deverão vir a confrontar-se, em devido tempo, os efeitos da pandemia:
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