Conclui-se, hoje, em Lisboa, o 1º Congresso Nacional da Economia Social, depois de várias sessões anteriormente realizadas em diferentes cidades do território nacional.
Esta sessão final reuniu umas largas centenas de dirigentes de instituições que integram o largo e diversificado espectro da economia social, técnicos da administração pública, académicos e políticos bem como alguns convidados estrangeiros.
É de lamentar que, até agora, a comunicação social tenha subestimado o alcance desta iniciativa e não lhe tenha dado o devido relevo, privando o cidadão comum e os fazedores de opinião da oportunidade de melhor conhecerem a relevância do sector da economia social no nosso País e as suas potencialidades com vista a um desenvolvimento humano e sustentável que acautele devidamente necessidades e potencialidades dos diferentes territórios e capaz de enfrentar os desafios da mudança tecnológica e de paradigma de organização económica e social com que estamos confrontados.
Cabe salientar que o Congresso permitiu análises muito interessantes acerca de diferentes temáticas e que, no termo do Congresso, será assinada uma Declaração conjunta onde constam 20 recomendações, do maior alcance para o reforço do sector e o seu desenvolvimento futuro.
Transcrevo de seguida a primeira e a última das recomendações da Declaração final, desejando, assim, contribuir para incentivar o leitor/a a procurar a devida informação sobre o conjunto das mesmas.
Recomendação 1:
As entidades da economia social, pela sua diversidade, transversalidade, identidade e comprovada acção ao longo dos tempos e em todo o território têm um papel fundamental a desempenhar nas políticas nacionais.
Nesse sentido devem ser permanentemente ouvidas pelos departamentos governamentais e nas instâncias de concertação social e económica, nomeadamente no Conselho Económico e Social (CES) em todas as matérias que digam respeito à sua actividade e à economia nacional.
Recomendação 20:
As entidades da economia social, centradas no primado da pessoa, consideram dever unir esforços, intercooperando no âmbito europeu e internacional em prol do desenvolvimento económico e social, com especial atenção ao espaço lusófono e ibero-americano, por forma a conjuntamente promoverem a sua maior implementação, patentearem o seu real peso económico e social e o seu potencial construtor de Sociedades mais democráticas, solidárias, inclusivas e sustentáveis.
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