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24 abril 2017

Enquadramento financeiro e perspectivas de futuro

No contexto mundial e europeu, Portugal é uma pequena economia, aberta ao exterior, com um sistema financeiro caracterizado por alguma instabilidade e, sobretudo, índices de endividamento público e privado muito elevados, particularmente na divida externa. Estas características tornam o nosso país exposto aos choques que possam ocorrer no sistema financeiro mundial bem como às mudanças que possam existir no quadro da governance.

Assim começa o texto de reflexão da autoria de Maria José Melo Antunes agora publicado na íntegra nas páginas deste blogue.

Este texto foi elaborado no âmbito do projecto Economia e Sociedade - Pensar o futuro e beneficiou de um debate em seminário organizado para o efeito, tendo contado com o comentário de Ricardo Paes Mamede, previamente solicitado, e com os comentários espontâneos dos participantes, designadamente de João Cravinho e de diferentes membros do GES.

Pesem embora as grandes incertezas relativamente ao futuro do sistema financeiro que conhecemos, tanto no que se refere à sua lógica interna de funcionamento como relativamente à evolução do actual quadro geo-estratégico e sua incidência na regulação externa do mesmo, há que procurar não só aprender com as lições do passado como esboçar as principais coordenadas que permitam, de algum modo, perspectivar qual será o enquadramento financeiro futuro na definição de cenários e estratégias de desenvolvimento.

O texto agora publicado contem informação muito relevante acerca do sistema financeiro dos Estados Unidos e da temática da sua regulação, que, pelo seu impacto  na economia mundial e no delineamento do enquadramento financeiro vigente em  outras áreas do Globo, designadamente na UE, é susceptível de provocar uma reflexão muito frutuosa, não sendo necessário que, para tal, se requeiram percepções e posições à partida consensuais.

Uma coisa é certa: nas actuais circunstâncias, não é defensável pretender equacionar um desenvolvimento futuro de um País ou região, sem equacionar devidamente o enquadramento financeiro que lhe subjaz.

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