Society is changing at a breakneck pace, and only now are we beginning to discern the contours of the newly emergent form of life conjured up by the digital revolution and rapid technological change. The digital society of the future still has not found its appropriate form and function.
Sem nos apercebermos muito bem das suas implicações, o certo é que já nos encontramos em processo de mudança acelerada para uma nova era – a era digital – com o que esta comporta de incidência sobre todos os aspectos da vida humana, desde os mais básicos, como o que comemos, o que vestimos, as casas em que habitamos, os transportes de que nos servimos, os lazeres que frequentamos, até ao modo como nos pensamos e nos relacionamos uns com os outros ou como organizamos a produção e a distribuição dos bens, como concebemos o trabalho humano, como asseguramos a partilha da riqueza produzida, como cuidamos do Planeta e tratamos as gerações futuras, como nos organizamos politicamente, no plano local, nacional e mundial, etc.
Hoje, através dos meios digitais que já possuímos, podemos constatar as potencialidades e os riscos inerentes ao uso dos recursos digitais. Mas ainda temos dificuldade em pressentir quais os contornos que resultarão da conjugação da revolução digital com a acelerada revolução tecnológica também em curso e com aquela profundamente interligada.
Pense-se, por exemplo, nos impactos no trabalho humano do futuro: Como se concebe? Como se organiza? Como se partilha? Com que direitos na produção e no valor acrescentado?
E que dizer das repercussões sobre as instituições que presidem à organização das sociedades até agora localizadas num território geográfico, país ou região, que, doravante, se vão confrontar, cada vez mais, com novos padrões de afinidades de interesses e compromissos e com poderes de regulação desterritorializados?
Estamos, seguramente, diante de novas potencialidades de maior eficiência na utilização dos recursos materiais, humanos e de conhecimento, mas a quem irão beneficiar? Com que riscos para os humanos, as pessoas e a espécie?
Em tempos de mudança, como estes em que vivemos, é urgente que nos interroguemos sobre os valores que queremos preservar, designadamente no que concerne à liberdade, à justiça, à solidariedade, à sustentabildade e à paz.
Estas são questões abordadas num relatório recente (Janeiro 2016) da Friedrich Erbert, assinado por Thymian Bussemer, Christian Krell and Henning Meyer, com o título Social Democratic Values in the Digital Society. Challenges of the Industrial Revolution o qual vale a pena ser lido e discutido. Pode descarregar-se aqui:
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