05 junho 2015

Pobreza. Desigualdades. Políticas
- Que situação? Que futuro?

Em situação de proto campanha eleitoral, como aquela em que já nos encontramos, os partidos políticos começam a apresentar as suas propostas de governação para os próximos 4 anos, com níveis de concretização variáveis, mas suficientes para nos deixar antever as suas linhas programáticas futuras.
 
É, pois, importante que o cidadão comum esteja habilitado com instrumentos de análise adequados que lhe permitam conhecer a realidade com a objectividade possível e discernir se as propostas apresentadas vão no sentido desejável.
 
Vejo com satisfação que alguns académicos não poupam esforços para colmatar esta necessidade de esclarecimento sobre os problemas reais da economia e da sociedade e ousam saltar os muros do saber académico, tornando-o acessível a públicos mais vastos sempre que os media o permitem.
 
Nesta semana dei-me conta de um excelente contributo do Prof Carlos Farinha Rodrigues, Professor do ISEG/UL, publicado no Expresso, chamando, uma vez mais, a atenção para o agravamento da pobreza (mais pobres e com mais severa pobreza) nos últimos 4 anos, a que não foi estranha a política de austeridade seguida e os cortes nas prestações sociais (subsídios de desemprego, rendimento social de inserção, valores das pensões) em contra ciclo com a redução do nível de rendimento das famílias do decil mais baixo.
 
No mesmo texto, apresentam-se e comentam-se dados relevantes que indiciam agravamento da desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres.
 
Há que conhecer a realidade, saber interpretá-la, identificar causas e ajuizar acerca das políticas preconizadas.
 
Vejam-se dados elucidativos e comentários aqui
 
Em programa de televisão, a jornalista Sandra Xavier conduziu duas emissões sobre a mesma temática, tendo por base a publicação recente de um relatório da OCDE sobre Portugal.
 
Quem estiver interessado em aprofundar o assunto pode revisitar estes programas em que intervieram Alfredo Bruto da Costa, Ana Balcão Reis e Carlos Farinha Rodrigues. Basta seguir este link (lª parte) e este outro (2ª parte)

Fica o convite a que prossigamos na reflexão e debate sobre estas questões básicas na perspectiva da construção do nosso futuro colectivo que desejamos seja de desenvolvimento humano, ambientalmente e socialmente sustentável.

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