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23 junho 2013

O discurso do Governante . . .

O relato que abaixo se faz talvez não reproduza exatamente como as coisas se passaram, mas foi a versão mais aproximada que consegui obter e que creio não estar muito longe da realidade.
 
Na sequência dos apupos feitos ao Governo, por ocasião do Conselho de Ministros realizado em Alcobaça, que terão deixado  muitos dos ministros seriamente preocupados  com o desagrado que a população aí manifestou e tem vindo a manifestar, um dos Ministros, de espírito mais aberto, foi encarregado de, através dos meios de comunicação social, realizar uma comunicação ao país que tivesse como objetivo devolver a confiança aos portugueses.
 
O Ministro, consciente das dificuldades da tarefa, e depois de ler o discurso da Presidente Dilma Roussef, do dia 21, entendeu encarregar um dos seus assessores de, a partir daquele discurso, preparar um primeiro esboço do seu.
 
O assessor entendeu que a melhor maneira de se desembaraçar da tarefa, seria começar por eliminar do texto original as partes do discurso que não eram adaptados à realidade portuguesa ou que, por outras razões o Governo não poderia subscrever. Abaixo, reproduzo o texto entregue pelo assessor depois de realizar essas supressões.
 
A partir deste texto o ministro começou a preparar o discurso final.
Com um traço de rasura vão indicadas as frases de texto que o Ministro eliminou. A encarnado vai o novo texto introduzido pelo Ministro.
 
Minhas amigas e meus amigos Portuguesas e portugueses,
Todos nós, brasileiras e brasileiros, estamos acompanhando, com muita atenção, as manifestações que ocorrem no país. Elas são parte da mostram a força de nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o Brasil avançar.
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Como presidenta governante, eu tenho a obrigação tanto de ouvir a voz das ruas, como dialogar com todos os segmentos, mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem, indispensáveis para a democracia.
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Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar tudo, de propor e exigir mudanças, de lutar por mais qualidade de vida, de defender com paixão suas ideias e propostas, mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira.
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Com equilíbrio e serenidade, porém, com firmeza, vamos continuar garantindo o direito e a liberdade de todos.  Para que tal seja possível aAsseguro-vos a vocês: que vamos manter a ordem será mantida.
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Para que a liberdade seja garantida para todos é necessário que os Esta mensagem exige serviços públicos não sejam um acumular de desperdício de mais qualidade. Atuaremos com perseverança em todos os domínios:  Ela quer escolas,  de qualidade; ela quer atendimento de na saúde,  de qualidade; ela quer um nos transportes públicos e, melhor e a preço justo; ela quer mais na segurança. Ela quer mais. E para dar mais, as instituições e os governos devem mudar.
 
Irei conversar, nos próximos dias, com os representantes das autarquias os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da luta contra a despesa que corrói o Estado e impede o crescimento da competitividade, o desperdício melhoria dos serviços públicos.
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Anuncio que vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os sindicatos, os parceiros sociais e os lideres partidários.
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Quero contribuir para a construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a eficácia governativa participação popular.  No entanto é um erro É um equívoco achar que qualquer país possa prescindir de partidos desde  que sejam mantidas as condições de estabilidade política no país.
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Precisamos muito, mas muito mesmo, de formas mais eficazes de combate à despesa improdutiva.
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  A melhor forma de combater  o desperdício é fazê-lo a corrupção é com transparência e rigor.
 
Em relação à  criação de infraestruturas modernas físicas e outras,  para o país, Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas que ficarão a gerir a exploração dessas infraestruturas. e os governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que Eessa afetação de recursos não irá prejudicar outras necessidades que o país necessite de vir a fazer, nomeadamente, nos domínios da recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a da Saúde e da Educação.
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Portuguesas e portugueses Minhas amigas e meus amigos,
O governo mais do que ninguém está apostado na recuperação do país. No entanto, não transigiremos Eu quero repetir que o meu governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança. Eu quero dizer a vocês que foram pacificamente às ruas: eu estou ouvindo vocês! E não vou transigir com o combate ao deficit em que estamos empenhados, com a violência e com a arruaça.
 
Os sacrifícios que o governo sabe que os portugueses estão a suportar são, no entanto uma inevitabilidade se quisermos ter, tão rapidamente quanto possível, um Portugal onde todos possam ter o seu lugar.
 
Será sempre em paz, com liberdade e democracia que vamos continuar construindo juntos este nosso grande país.

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