Face às patentes e graves disfuncionalidades do sistema financeiro mundial e europeu, com consequências sérias para a economia real e para as condições de vida das pessoas, sobretudo nos países de economia mais débil, os actuais líderes da União e suas instituições têm-se limitado a traçar medidas que, na melhor das hipóteses, visam atenuar os efeitos mais gritantes das sucessivas crises, mas sem atacar as respectivas causas.
Esta denúncia ganhou recentemente maior visibilidade com o Manifesto assinado por um conjunto de personalidades entre as quais o conhecido filósofo alemão Jürgen Habermas.
No referido Manifesto reclama-se em particular:
- uma nova agenda política que devolva a confiança aos cidadãos europeus, traçando um plano de prosperidade para toda a zona euro em que a maioria dos cidadãos se reveja;
- uma clara estratégia de crescimento económico que englobe todos os países da União e a todos beneficie, em vez das sucessivas doses de austeridade impostas a alguns;
- a criação de mecanismos de governação das instituições da euro zona e uma maior coordenação das políticas monetárias e fiscais dos respectivos Estados membros
- uma maior atenção sobre o longo prazo
O Manifesto termina afirmando: é tempo de mudar de direcção e de estar à altura dos novos desafios.
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