No passado 6/8, no Público, António Vilarigues intitulava assim o seu artigo de opinião:
As fortunas das QUATRO famílias portuguesas mais ricas totalizam 7,4 mil milhões de euros (quase metade do défice!!!) e depois vinha o título propriamente dito do artigo:
A culpa é do "sistema"
Fiquei a pensar: metade do défice é muita "massa"! Mas, pensando um pouquito mais: não é bem assim, o património não é propriamente rendimento...mas há património que esse, sim, pode dar e, às vezes (ou muitas vezes?...) dá mesmo muito rendimento! Ora, suponhamos que o défice anda um pouco acima dos 9% do PIB: "quase metade do défice" serão cerca de 4,5%. É muito! Não: e então a tal história do rendimento? Façamos, pois, um pouco mais de suposições: talvez uns 20% de rendimento desse tal património "movimentável" seja mesmo rendimento e poderia ajudar as "finanças públicas", através do tal imposto extraordinário sobre as grandes fortunas ou até ( por causa do "ai Jesus! que o capital foge!"...) sobre o rendimento proveniente de mais valias ou até (deixemos agora em paz "as grandes fortunas") vindo de um IRC sobre a banca igual ao que se aplica às restantes empresas ou ainda através de um mais actuante contole fiscal sobre os mais de 60% de empresas que dizem que não têm resultados.
Depois de, no fim do artigo, "utilizando uma conhecida expressão de "futebolês", Vilarigues concluir que "a culpa é do sistema" e acrescentar "A "solução passa pela sua superação", eu acho que não é preciso esperar tanto: medidas tais como as referidas acima já ajudariam e muito. Claro, que Portugal sozinho pouco pode, até porque o capital é muito "volátil"...
ps: 20% de 4,5% dá quase 1% do défice e isso é muito euro!...
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