Manuela Silva - Breve Nota biográfica
Manuela Silva era Licenciada em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Universidade de Lisboa. Foi Professora catedrática convidada do ISEG. Em 2000, foi agraciada com a Grã-Cruz do Infante D. Henrique pelo Presidente Jorge Sampaio. Em 2013 recebeu o Doutoramento honoris causa pela Universidade Técnica de Lisboa.
Ao longo da sua vida desempenhou diversos cargos na Administração Pública, tendo sido Secretária de Estado para o Planeamento, no I Governo constitucional (1976-77). Integrou diferentes grupos de peritos no âmbito da U.E., Conselho da Europa e OIT.
Manuela Silva foi presidente do Movimento Internacional dos Intelectuais Católicos, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, fundadora e presidente vitalícia da Fundação Betânia e coordenou o Grupo Economia e Sociedade (GES).
Foi pioneira no estudo do desenvolvimento comunitário em Portugal e no estudo da desigualdade e da pobreza. A ela se deve a coordenação dos primeiros estudos científicos sobre a pobreza realizados em Portugal nos anos 80. Ao longo da sua carreira publicou diversos livros e estudos sobre a economia e a sociedade em Portugal, no qual revelou sempre uma profunda preocupação com os problemas do desenvolvimento, com as desigualdades, a injustiça social e as diversas formas de pobreza e de exclusão social.
No ISEG desenvolveu, cumulativamente com uma intensa atividade docente, diversos cargos: Presidente do Conselho Pedagógico entre 1982 e 1985; diretora da Revista Estudos de Economia do ISEG, entre 1982 e 1989; membro fundador e membro da primeira Comissão Diretiva do Centro de Investigação Sobre Economia Portuguesa (CISEP). Foi igualmente responsável pela criação do curso de mestrado em Economia e Política Social no inicio dos anos 90 do século passado.
O legado da intervenção de Manuela Silva, como economista, como professora Universitária e como católica profundamente marcada pela doutrina social da igreja marcou profundamente os seus alunos, os seus amigos e colegas, todos aqueles com quem trabalhou. A sua visão de uma economia ao serviço das pessoas, a necessidade de um desenvolvimento socioeconómico sustentado e inclusivo permanece como exemplo a seguir.
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