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17 junho 2019

Quais as respostas para uma melhoria das condições sociais na União Europeia?



Em 2017, um inquérito do Eurobarómetro sobre os mais importantes desafios na União Europeia concluiu que o desemprego e as desigualdades se encontravam no lugar cimeiro, entre as preocupações dos cidadãos europeus, à frente dos temas da imigração, da segurança, da dívida pública e do crescimento económico. 

Estes resultados não se confinavam aos países membros mais pobres. Assim, cerca de 50% dos alemães e 46% dos suecos colocavam as desigualdades no primeiro lugar dos desafios enfrentados pelos europeus. Acresce que somente um em dois concordava que todos tinham a oportunidade de ter sucesso, ao longo da vida, e 84% consideravam as desigualdades de rendimentos demasiadamente elevadas, nos seus países. 

Não é portanto surpreendente que uma grande maioria dos europeus se tenha manifestado preocupada com a coesão social em cada país e na Europa, o que foi o ponto de partida para a elaboração de um relatório que pretende conhecer melhor as condições sociais na União Europeia (aqui). Sem pretender chegar a conclusões definitivas, o relatório visa também contribuir para responder às seguintes questões: 

· Estamos preparados para aceitar maior convergência nas condições de vida e de trabalho? 

· Será a coordenação suficiente ou precisamos de regras obrigatórias para promover uma maior convergência? 

· Qual o grau de solidariedade que desejamos (e talvez necessitemos) entre fronteiras, em tempos bons e maus? 

· Quais os bens públicos que a Europa deve fornecer em matéria de política social? 

Trata-se de questões que poderão traçar o futuro da Europa e responder concretamente a perguntas que, entre outras, se colocam a propósito da adopção de um seguro de desemprego ou de um salário mínimo, a nível europeu. 

Será que as respostas que vão ser dadas, sobretudo se resultarem de um amplo debate, poderão permitir resolver ou, pelo menos, minorar alguns dos problemas com que nos defrontamos na Europa?

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