Na sua homília semanal na Praça de S.Pedro, o Papa Francisco afirmou hoje que "o trabalho é essencial para a dignidade" ao referir-se ao elevado número de desempregados, incluindo muitos jovens, que hoje não encontram lugar nas nossas sociedades.
"Penso nas dificuldades do mercado de trabalho nos diversos países. Penso nas pessoas, não apenas nos jovens, que estão sem emprego, geralmente por causa de uma visão económica da sociedade fundada no lucro egoísta fora das regras da justiça social", salientou o Sumo Pontífice. As palavras do Papa não podiam ser mais elucidativas das razões que conduziram alguns países, incluindo Portugal, à pobreza e à ruína financeira. Daí a oportunidade do seu apelo: "Peço aos políticos que façam todo o possível para reactivar o mercado de trabalho" .
Só podemos esperar que as palavras de Francisco encontrem eco no coração da classe dirigente, de maneira a que surjam políticas que ajudem a minorar o flagelo do desemprego, que é sem dúvida um dos mais graves problemas das sociedades actuais, sobretudo pela "indignidade" que representa.
Dai-me nada para fazer e serei nada, diz uma personagem num romance de Dostoievski.Colhem enormes lucros, semeando desespero.Oxalá, sejam ouvidos os apelos do Papa Francisco. Mas é imperativo que, ao menos nos cristãos,os ecos desse apelo os leve a fazer parte dos que lutam,sindicalmente e também politicamente, para que haja trabalho digno.
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