A chamada «economia» respeita a uma dimensão essencial da vida das sociedades, que condiciona ou mesmo determina todo o processo social. A «Economia» como real ou suposta ciência tem-na como objecto.
A presente conjuntura política e económica portuguesa é um intrincado labirinto onde não se descortina caminho fácil para chegar ao fundo do túnel.
Vou reflectir um pouco sobre a política económica possível e desejável, deixando ao leitor o cuidado de procurar o «apropriado» poder político.
A curto prazo, é necessário e urgente formular e praticar políticas que reduzam os desequilíbrios existentes nas finanças públicas e nos pagamentos externos. Sem sacrificar objectivos mais exigentes e apenas atingíveis a médio e longo prazos, em matéria de emprego e crescimento económico.
Há portanto, neste panorama, uma inevitável sucessão de dois tempos: no imediato, um tempo de austeridade e sacrifício; a médio e longo prazos, um tempo de recuperação, melhoria de competitividade e, sobretudo, de redução da presente desigualdade e exclusão social.
Em matéria de desemprego, surgiu recentemente, com tendência a aumentar, um desemprego de trabalhadores jovens, de nível de instrução superior ou relativamente elevada.
Tendem a emigrar, se encontram no estrangeiro empregos adequados às suas habilitações que não estão acessíveis em Portugal.
Sendo assim, é indispensável que a «austeridade» seja suportada em primeiro lugar pelos ricos e muito ricos, e não não pelos pobres ou muito pobres, que infelizmente são cada vez mais numerosos em Portugal.
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