A «crise» é sem dúvida económica,mas também é civilizacional e culturalA «crise» está aí, embora aparentemente ninguém saiba, com algum rigor, do que se trata. Sabe-se que o paciente – que somos nós todos, com alguma impaciência – sofre de doença grave, mas os diagnósticos variam, embora a maior parte provenha de analistas tão presumidos e petulantes como superficiais. (...)
Atrevo-me assim a propor ao leitor algumas «teses» sobre o controverso tema simplesmente para provocação da sua própria capacidade de penetrar nos mistérios da «crise» - Mário Murteira
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Quanto mais reflicto sobre a presente crise mais me convenço que a questão não pode ficar entregue às análises dos economistas. Precisamos do contributo de outro tipo de pensamento. talvez filósofos,talvez historiadores, talvez artistas, talvez poetas e místicos...
ResponderEliminarFelizmente alguns economistas têm o mérito de incorporarem um pouco desses vários percursos ...
Creio que precisamos sobretudo duma nova síntese, que permita um olhar mais lúcido sobre a realidade confusa e turbulenta que nos cerca. Grandes autores como Marx e Schumpeter, que eu particularmente aprecio,tentaram isso. Combinando, cada um à sua maneira própria,a História, a Sociologia, a Economia e a Filosofia...
ResponderEliminarNa minha opinião esta crise é intencionalmente gerada pela Alemanha em busca da sua própria consolidação.
ResponderEliminarA nível dos princípios é cada vez mais evidente o ajustamento de posições com as normas internacionais a digladiarem-se todos os dias.
Aquilo que parecem ser formalismos são a tentativa de assalto de uma economia pela outra tal como nas anteriores guerras mundiais.
Na perspectiva dos capitais americanos os alemães julgam que são mais ricos do que na realidade o são e curiosamente o Banco MillenniumBCP foi a primeira vítima quando em Nova York foi considerado um banco falido pelas normas americanas.
Esperemos que a crise não salte dos carris e que tudo não passe de arrufos financeiros aos quais vamos ter que nos habituar como se de um defeito de nascença ou de uma doença incurável se tratassem.
Respondendo ao comentário de José Corvo ...
ResponderEliminarExistem sinais mais do que evidentes de que esta crise tem carácter sistémico e os seus efeitos vão muito para além dos "arrufos financeiros". Em vez do conformismo com a situação, como se de "doença incurável se tratasse", prefiro encarar a crise como oprtunidade para viabilizar um desenvolvimento mais humano e solidário. Felizmente que vão surgindo caminhos nesta direcção, como se procura afirmar em vários posts deste blogue.
Ora bem, para a Manuela Silva, esta crise deve ser interpretada não como se de uma doença incurável se tratasse porque prefere encarar a crise como oportunidade para viabilizar um desenvolvimento mais humano e solidário, só que eu já ouço essas palavras também proferidas pelo Dr. Mário Murteira há já quase 50 anos e de humanidade e solidariedade o resultado é nulo senão negativo e aquilo a que se assiste é a uma ascensão crescente do capitalismo com raras excepções de percurso rapidamente assimiladas tal como aconteceu ao 25 de Abril e muito por culpa das boas intenções de humanidade e de solidariedade.
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